segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Casa dos Degredos

Foi na noite deste último domingo. Reduzi a actividade cerebral quase a um estado de coma induzido (mais que isso era perigoso, já era entrar no mesmo estado das pessoas que estava prestes a observar), pelo sim pelo não, pus dois preservativos, vesti um escanfandro e mudei para a TVI. Durante mais de meia hora consegui não mudar de canal e observar aquela jaula da mediocridade humana. Sim, sinto-me mais corajoso que o João Garcia a subir o Evareste ou o Alberto João Jardim a dizer que o ocultou o buraco financeiro da madeira em "legítima defesa". A verdade é que não tirei grandes conclusões desta experiência a que me submeti. De qualquer forma, percebi que o que sobra em silicone, falta em língua portuguesa. No entanto, gosto da criatividade dos nomes dos concorrentes. Delphine? Fanny? Se algum dia der um nome destes a um animal doméstico, podem acusar-me de crueldade animal. Admiro-me que não haja ninguém que se chame Hello Kitty.
Do pouco tempo que estive a ver a Casa dos Degredos, pude também constantar que o Q.I. daquela gente toda junta é inferior ao de um porco com Alzheimer. É avassalador, é constrangedor. Mamas gigantes, cabelos pintados e ridículos, agressões violentas à gramática, violações ao bom gosto e ofensas à inteligência. Disto há muito, interesse há nenhum. 
Enfim, é o esplendor da mediocridade humana e, em Portugal, vende melhor que pãezinhos quentes (o pão está caro, também é por isso).
Até fazerem uma Casa dos Degredos com a participação do Alberto João Jardim, não me apanham a ver tal programa outra vez.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

João Jardim e o Carnaval da (ou, que é a) Madeira

Não se ofendam os madeirenses, pelo menos os 5 ou 6 que não votaram no papá Alberto, por estar a dizer que a Madeira é um Carnaval a tempo inteiro. É compreensível que se ache isto quando o governante da ilha é um badocha que adora mascarar-se.
Ao longo dos 300 anos que o gordinho está no poder, já tivemos oportunidade de o ver usando as mais variadas máscaras. Por vezes, parece um pequeno leitão a suar ao lume e a dizer disparates. Outras, mascara-se do filme "Inception", é um rei com um rei na barriga, que por sua vez também tem um rei na barriga e por aí fora, até ao infinito. Já foi também possível vê-lo mascarado de taxista de Alfama ou da Ribeira do Porto, a largar palavrões em público como quem cospe pevides em cima dos seus súbditos. Ultimamente, o panças adoptou a fatiota de Robin dos Bosques. E não é que toda a gente lhe caiu em cima e até há quem o queira castigar legalmente? Qual é a parte de "legítima defesa" que não percebem? É tirar a todos para dar a alguns (família e amigos mais próximos)! É óbvio que é claramente um Robin dos Bosques da actualidade e ninguém o percebe. Pobre Alberto! Até já se diz por aí que Passos Coelho, ou Xerife de Nottingham para os que entendem e apreciam o acto de caridade practicado pelo Robin da Madeira, está a pensar privatizar o arquipélago, mudando apenas a naturalidade de Cristiano Ronaldo. Mas, mesmo este, caso continue com a conversa do "sou rico e giro", corre o risco de ser doado à selecção das Ilhas Fiji.
Como é giro o Carnaval da Madeira! 
E reparem como falei de máscaras e Carnaval, sem nunca cair do facilitismo de recorrer aos palhaços ou palhaçada - o Alberto João é tão honesto que não merece que eu lhe fizesse essa desfeita.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Igreja divide gays por graus (de pouco a muito panisgas).

"A declaração de nulidade de um casamento em que um dos cônjuges é homossexual depende do «grau» em que se encontra, disse hoje à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Canonistas (APC)."

Ou seja, a Igreja vai medir o grau de homossexualidade para validar, ou não, o pedido de divórcio. 
O cónego Joaquim da Assunção Ferreira explica que há uma escala: «predominantemente homossexuais, os só acidentalmente heterossexuais e os exclusivamente homossexuais».
Vamos lá então decifrar estas categorias, mas vamos simplificar: "um pouco panigas", "quase sempre panisgas" e "completamente panisgas".
Ora, os que são um pouco panisgas ainda têm em si um componente de heterossexual muito acentuada. Por exemplo, num jogo de futebol, além de fecharem a mulher na cozinha a fazer "o comer", não ligam às pernas dos jogadores, ligam à técnica e à táctica mas não festejam com um "Golooooooo! Tomem lá seus filhas da $%&#!!", festejam antes com um "Ai filha, estava a ver que nunca mais a metiam lá dentro!". São panisgas esporadicamente. Acho que neste caso, a Igreja não aprova o divórcio.
Os quase sempre panisgas já optam mais pelo cor-de-rosa, usam um sapatinho de salto alto para andar por casa enquanto ajudam a mulher nas lides domésticas. Neste caso, ainda ficam andam um pouco confusos. Gostam de comer couratos com pelo nas roulottes, à homem, mas comem-nas sempre com pauzinhos chineses, acham que é mais chique. Caso bicudo para a Igreja decidir.
Por fim, temos os completamente panisgas. Este é o tipo de homens que deixa a mulher à porta da Zara para ir comprar tops e saias. É o tipo de homens que pede à mulher para ser espancado quando o Benfica perde, e gosta. É o tipo de homens que não deixa alternativa à Igreja.
No caso das mulheres homossexuais, é mais fácil para a Igreja. Devem optar por medir o tamanho do bigode, o uso de palavrões e as parecenças com a Odete Santos.

Sempre na vanguarda, a Igreja!




Imposto sobre a fast food, porque é pecado.

O bastonário da Ordem dos Médicos sugeriu a implantação de um imposto sobre a fast food. Acho óptimo, que é para ver se deixa de haver badochas em Portugal. Aliás, eu ia mais longe e proibia de todo a venda de fast food, passava só a ser permitido a venda de bróculos, espinafres e legumes que tais. Quem se atrevesse a fritar uma batata era logo admoestado com uma coima daquelas tão absurdas que nos faz pensar no sentido da vida. Claro que esta sugestão de imposto faz todo o sentido. Mais vale taxar os locais onde vai comer aquele pessoal que vomita dinheiro (pizzas, hamburguers), do que taxar os locais fétidos e horrendos onde, seguramente, o Sr. Bastonário vai jantar (Sheraton, Tivoli, Eleven, por aí fora).
Acho que numa altura em que os portugueses estão todos entusiasmados e anda tudo com um sorriso na tromba, nada melhor que taxar tudo o que se possa considerar pecado. Por mim, isto era tudo corrido a imposto! Depois da fast food era, por exemplo, taxar a cerveja: bastava escrever "gourmet" no rótulo da mini e aumentar o preço para 5€ cada uma. Podia também taxar-se o sexo: cada sessão de sexo teria que ser declarada nos impostos e pagava-se uma taxa por cada orgasmo. Fácil.Sr. Bastonário, mas andamos todos na escola primária ou quê? Então agora, cada um não pode ser responsável pelo que come e se eu quiser comer um hamburguer tenho de pagar mais imposto por causa dos gordinhos que não se controlam? Sim, senhor.Um imposto sobre a idiotice é 
que já vinha a calhar. Dava dois dias para a dívida do Estado ficar saldada.