domingo, 30 de outubro de 2011

Governo troca Metro e Carris nocturnos por carrinhas de caixa aberta.

Governo propõe mais horas de trabalho e menos de transporte público nocturno. Faz sentido.
Para além da já conhecida medida do alargamento do horário laboral, o Governo estuda agora a hipótese de redução dos transportes públicos nocturnos. Alguns acabam de vez e outros passam a funcionar só até às 21 ou 23 horas.
Claro que estas medidas têm provocado polémica. Mas, aos mais inconformados, devo esclarecer que é tudo uma questão de coerência. Todos temos que fazer sacrifícios. Ora, o Governo reduz o número de motoristas dos seus Mercedes e Volvos e faz o mesmo aos Mercedes e Volvos do povo. Os primeiros são topo de gama, cores escuras e com tecnologia de ponta. Os segundos são grandes, amarelos e com odores peculiares. Mas isso não importa. Importa é que todos contribuem para a redução de despesas com motoristas.
Além disto, para mim, há outra explicação óbvia. O Passos Coelho é muçulmano.
Em muitos países muçulmanos, qualquer rapariga que esteja fora de casa depois de anoitecer é uma galdéria. Se for um homem a vaguear na noite, é porque gosta de galdérias. Ora, seguindo esta lógica de pensamento, isto quer dizer que os transportes nocturnos andam apenas a servir uma faixa da população que presta serviços  hedónicos sem passar recibo e a quem não pode tirar os subsídios de férias. O país não está para isso. Se os transportes nocturnos andassem a servir pessoas sérias e trabalhadoras, tudo bem. Agora assim, mais vale pôr apenas a circular umas carrinhas de caixa aberta para recolher os infames que "trabalham" à noite e já estamos a poupar.



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Já comes-te? Já comeste? Hm?

Já comes-te? Não. Está errado. Das duas uma, ou "já comeste?" ou "já te comes?". Embora nesta última hipótese, eu considere que já entramos no campo da indelicadeza ao perguntar tão abruptamente se o outro já se masturbou. É que o erro gramatical é tão ignóbilmente comum que só posso achar que muita gente faz de propósito. E nesse caso, acho que ninguém tem nada a ver com a minha auto-sexualidade.

Pessoas no geral e palermas em particular, qual é a dificuldade em perceber a diferença entre as duas formas verbais? Ao lerem, não percebem que os sons são diferentes?
Riam-se de quem acha que África é um país da América do Sul. Isto não é melhor.
Quem está aborrecido ao ler isto, já deve estar a perguntar: "Então, já acabas-te?". Ao que eu respondo "Já. E tu, já les-te?". Não faz sentido. Nenhum. A sério.
Parem um pouco para pensar, se não estiverem demasiado ocupados a ver na TV programas inibidores do desenvolvimento cerebral.




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

EMEL lança parquímetros para pessoas que estejam paradas no meio da rua.

Como é sabido, a EMEL é uma porreiraça que está sempre preocupada com o bem estar dos lisboetas e o respectivo ordenamento do caos na sua cidade. Aliás, se não fosse a EMEL até era possível que se avançasse para a profissionalização dos caroxos que arrumam carros. Graças a esta entidade, que reúne um enorme carinho por parte de todos, é que Lisboa ainda é suportável para se viver. Dá gosto ir a qualquer lado lanchar por 5€ euros e pagar 10€ de estacionamento. Aliás, eu regozijo quando pago parquímetro e a máquina (tão querida!) tem um autocolante da empresa que diz "Parabéns (...)". Aquece-me a alma!

Depois de a EMEL ter decidido portajar (0,40€) um dos acessos ao Cais do Sodré, a empresa decidiu agora lançar o Empatómetro. Esta máquina, já implantada por toda a Lisboa, servirá para cobrar aos transeuntes que permaneçam sossegados no mesmo sítio mais de 5 segundos, mesmo que estejam numa esplanada a beber café, taxas tão humildes quanto as aplicadas aos carros. Com esta medida, a EMEL pretende não permitir que os palermas que não estão a ser úteis para a sociedade, nem que seja por estarem a atar o atacador, contribuam mais um pouco para o desenvolvimento de Lisboa (e para a EMEL, porque os senhores que lá trabalham não têm borlas no estacionamento e precisam de dinheiro para o pagar).

Se não fosse a EMEL, seria praticamente o fim de Lisboa. Havia de se ver tudo mal estacionado, desde camelos a navios de carga.

Obrigado salvadora EMEL, um grande bem haja!